
Falando sobre paternidade. Estava voltando para casa, sempre observador aos fatos que estão ao meu redor. Uma mulher conversando em tom alto com outro rapaz disse para ele que mãe é uma só. E pai é universal. Assustado com esse comentário perguntei se foi isso que eu escutei. E me respondeu com toda simpatia, dizendo que até eu poderia ser pai da filha dela. Fiquei sem graça e continuei a minha caminhada. (Que cara abusado eu sou).Os homens tornam-se pais pelo tempo, pela escolha e, sobretudo pelo convívio.
Não é nenhum imperativo biologico. A ligação com os filhos começam quando nasce o bebê e vai crescendo lentamente. E também acho que não é uma imposição cultural. Posso dizer que é situações da vida.
Nos primeiros meses do meu filho eu me separei da minha esposa, tive medo de perder contato com o meu filho. Acordava angustiado no meio da noite, vivia com raiva. Fiquei firme. E hoje ele está cheio de saude. Hoje a presença dele me enriquece de tal forma que eu não sou capaz de descrever, nem mesmo de dimensionar. Pois sua diversão e colocar sua mão na minha boca para pegar minha lingua. Coisa de bebê.
O caso de um amigo que conheço é exemplar. Não consigo evitar simpatia pelo pai dele. Afastado do filho pela fuga da mulher, cercado de advogados e suas recomendações, esse sujeito teve que habitar numa ilha. Só raiva, culpa e frustração. Não viu o filho por quatro anos porque isso prejudicaria a sua causa, mas nem por isso conseguiu levar o menino de volta. Com a morte da ex-mulher, outro homem assumiu a posição de pai. Um inferno.
Amizades vai e vão. Ja não o vejo a anos. Porem nessa altura ele deve estar intoxicado de ódio e sensação de injustiça. Ele é vítima, mas isso não vai consertar a sua relação com o filho e nem garante que o tenha de volta. O futuro de ambos depende de estranhos e de arranjos jurídicos. Dificilmente irá conquistar por motivos democráticos. De uma interferência bem elevada.
Nesses meus bate papos conversei com uma amiga que é advogada. É uma mulher mais velha, bonita, simpática e bastante antenciosa de uma praticidade que me chocava. Ela é do jeito que eu gosto. Não volta atras. Objetiva e clara. Sempre a busca de novas tecnologias. Ela não demonstra sentimentos mas sabia o que eles me causavam. Ao decorrer da conversa dizia o tempo todo a mesma coisa: “Pense nos filhos. A raiva passa, eles ficam”.
Vc é profundo em suas explanações!
ResponderExcluirMas em poucas palavras eu resumiria tudo! Pai é aquele que demonstra carinho, laços de consanguineos são superfulos se comparados ao amor! Só basta o ser humano ser capaz de compreender esta gama de sentimentos!
Amei o meu pai, até msm os seus erros e defeitos eu soube perdoar!E olha que não foram poucos não! Sempre o vesti com a capa do SUPER HOMEM, qndo na verdade ele era o vilão!!! Mas deixa para lá!
Porém faço uma indagação: E aqueles que não tiveram a oportunidade de crescer ao lado de uma figura paterna que os guiasse pelo mundo....
O papel das "Pãe" Pai+Mãe é decisivo na constução do caráter do indivíduo!???
Querido por hoje é só... Obrigada por ter partilhado este momento seu comigo!
Bjus! Te adoro!